domingo, 30 de maio de 2010

Hipocrisia rules.

É, eu sei. Mil anos sem postar, ninguém mais lê... é isso aí.

Cá estava eu, vivendo minha vidinha mais ou menos, sendo chata e comendo muito chocolate (até que não). E brasileiro tem essa mania de ver as coisas e achar que está tudo errado. Somos todos um bando de pseudo-intelectuais com uma visão alternativa do mundo. Naturalmente estou incluída nesse bando e venho reparando em tópicos passíveis de serem malhados (aka qualquer coisa que entre em evidência).

Basta aparecer uma notícia ou vídeo relacionado a alguma sensação momentânea e milhões de respostas aparecem. Vários anônimos posicionam-se contra ou a favor e defendem sua opinião batendo no peito e urrando como gorilas. Das twilight freaks aos críticos cult, todo mundo quer dar seu pitaco. Já dizia o Cauê: falar mal de modinha virou modinha. Aliás, lembro dessa citação no ¿Que Diabos?.

Nada mais cool que descer o pau naquilo que todos gostam. Primeiro porque você supostamente se destaca da massa, é capaz de passar um pente fino na cabeleira e só levar o que quer. Acontece que uma das várias utilidades do pente fino é nada mais que catar piolhos (tirem suas conclusões daí). Segundo: modinhas se espalham como câncer; logo, existe um público imenso que invariavelmente se revoltará com seus comentários e inflará seu ego respondendo as críticas. É diversão garantida.

Não que seja ruim, cada um com sua opinião. Contudo essa corrente anti-modinha trouxe uma nova necessidade de abominá-las a todo custo. A questão não é mais ter gostos diferentes, mas crucificar Justin Bieber a todo custo. Antes que apontem seus rifles no meu fígado, digo que eu estava afogada nessa corrente até pouco. Tomando o próprio Bieber como exemplo, muitos apontam o dedo pra ele chamando-o de tosco, gay, etc e whatever. Bem, não estou aqui para discutir a sexualidade do rapaz, mas com certeza ele já chegou mais perto dos peitos da Beyonce que qualquer um de vocês aí. Não, não sou uma "Belieber", elas são todas umas fanáticas desmioladas. Mas não estou aqui para criticar fanatismo.

Acontece que não importa o que ele é. Existem muitos músicos que cada um considera ruim/bom porém ninguém persegue dessa forma, sacaneando constantemente. O problema está na moda de ser menina com cabelos Seda lisos e sedosos alisar o cabelo e jogá-lo pro lado. Virou senso comum considerar isso gay. Logo, Justin Bieber = gay. Junte com a idade e voz fetais mais a horda de pré-adolescentes sedentas por ídolos e temos um excelente tópico para meter o malho.

Só que não é bem assim. Se eu acho um absurdo ele fazer tanto sucesso? Sim, claro. Mas no que isso muda a minha vida? No que altera a sua vida? Falar mal dele não vai deixá-lo menos famoso, muito menos mudar a cabeça dessas garotinhas querendo dar (caso seu irmão curta, pode dar umas porradas nele). Postar sobre ele no seu blog/vlog muito menos. Verdade que o conceito de "bom" aqui nas terras tupiniquins é meio duvidoso, todavia é possível expressar sua insatisfação sem showzinho. Rechace com estilo, ignore.

O caso é tão exagerado que a nova onda é falar mal de quem já faz isso. O pior é que não precisam nem do conteúdo, basta pegar algum detalhe. Vejam os vídeos do Felipe Neto, há quem o critique somente pelo sotaque carioca e o topete. Meldels, quer dizer que uma pessoa é menos produtiva pelo seu modo de falar ou por alguma particularidade na aparência? Verrugas no nariz tornam um indivíduo incapaz de gerar conteúdo decente?

Vamos pensar, gente. Ao invés de sair por aí xingando o alheio, conheçam, considerem e avaliem com seu próprio julgamento. Esqueçam as massas. O que você pensa?
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