Então, semana santa, hein? Vida boa, quatro dias com a bunda pro alto (a não ser que você tenha alguma atividade escravista que não enforque a 5ª, aí você se ferrou :*). Feriados são a graça de uma vida cheia, quase como a luz no fim do túnel e... não, peraí, essa é ruim. Enfim, depois da folga as ocupações voltam e, no meu caso, com a corda toda porque logo nessa segunda começaram as minhas PROVAS BIMESTRAIS. Deliciosamente semi-digeridas provocando dores em lugares que você nem quer saber que existem. E, ohhh, até que me saí relativamente bem até agora. Claro que a pior vem sexta e eu ainda não estudei metade da matéria que são mais de 100 páginas... mas isso é um mero detalhe.
Enfim, essa embromação sobre a Semana Santa veio porque foi exatamente nela que tive uma revelação epifânica.
Tudo começou com um telefonema...
Trrrrrriim ~
[kc]: Alô?
[??]: Oooi! Tudo beeem?
(Nesse momento eu ainda não tinha reconhecido a voz, então dei mais uma chance pra minha memória)
[kc]: Hmm... tudo. E você?
[??]: Tudo ótimo! Graças à Deus! Tá chovendo muito, né?
[kc]: Nossa, a semana toda...
(Já tava quase perguntando quem era...)
[??]: E como tá a Roberta?
[kc]: Iiih... acho que você ligou errado :\
[??]: É mesmo? Aimedesculpa! Desculpe incomodar!
[kc]: Tudo bem, a conversa foi boa...
Tuu tuu tuuu ~~
(Para quem não percebeu, kc = eu)
Enganos são comuns aqui pra casa. Já xinguei muitas Robertas, Josés, Paulos e Ritinhas por terem um telefone parecido (ou não) com o meu. Só que... bem, também é fácil eu não reconhecer as vozes, então achei que pudesse ser um conhecido...
Mas, não, minha revelação não estava aí! O feriado ainda não tinha acabado. Enquanto minha mãe, irritadiça, preparava o lanche da noite, eu reparei uma coisa absurdamente nociva.
- Mããããe, num tem nada pra beber D:
- Hmm... (ela foi até a geladeira e pegou duas laranjas) expreme aí pra gente.
- Eu? D:
- É.
- Ah, acho que vou lá na padaria comprar uma Coca.
- Você vai até lá?!
- Nahh, tava brincando, acho melhor a gente não beber nada... ... ... ... Se bem que eu to com uma vontade...
- Então expreme as laranjas.
(Nesse momento eu encarei as laranjas e o espremedor)
- Tá, vou trocar de roupa e dou um pulo ali na padaria.
Moral da história: Mais vale andar até a esquina de noite, sujeito à assaltos do que espremer algumas laranjas.
[UPDATE]
Acabei de descobrir a razão disso.
Há alguns minutos meu pai bebeu uma cerveja e deixou a lata sobre a mesa.
Agora, no almoço, eu recolhi a lata. Ele viu e perguntou:
- Você bebeu isso agora?