Ê delícia de país esse nosso.
Falando de coisas inúteis, umas amigas e eu tinhamos marcado um cinema hoje.
Nós marcamos às 4h no shopping e veríamos X-man às 6:10. Só faltou lembrar de um pequeno detalhe: somos MUITO enrolados.
No fim das contas, cheguei lá umas sete horas e compramos o ingresso para a sessão das 20:30 de Divã.
Detalhes, quem liga pra eles?
[atenção: SPOILERS leves à vista]
Acabou valendo muito a pena. É de praxe subestimar filmes nacionais e correr para o mais novo lançamento Spielberguiano, mas esse surpreendeu MESMO.
A história é sobre uma mulher, Mercedes, que resolve procurar um analista a fim de encontrar respostas para sua vida. Ela tem um bom casamento, dois filhos e uma vida normal. Talvez esse seja o problema.
Ao longo do filme, acompanhamos suas confissões e dramas, desde amantes até separações e morte. O interessante é que, nas cenas de terapia, o analista nunca aparece. Ele é uma silhueta de costas. Mercedes aparece de frente para a câmera, falando com ela, como se nós fôssemos o interlocutor.
As mudanças de humor da personagem só não são mais cômicas que suas mudanças de cabelo.
"Repica, René, Repica!"
Ou habilidades culinárias...
"Oba, adoro rosbife!"
"É frango..."
"Ih, fodeu."
Ótimo filme e elenco, engraçadíssimo e emocionante. Recomendo à todos.
Avante, galerinha do mal, prestigiem o cinema nacional porque ele mereceu!